segunda-feira, 30 de maio de 2011

Aprenda a se motivar para os estudos



Nossa mente registra basicamente duas éspecies de experiências:

As que emocionam positivamente e queremos repetir.

As que no traumatizam e queremos evitar.
Como aproveitar as experiências negativas? Em vez de ficar se lamentando por não ter ido bem numa prova ou disciplina, analise o que fez de errado e corrija a falha para o próximo concurso. Não desista do seu sonho por causa de um resultado negativo, e nem deixe que isto afete a sua determinação em alcançar o sucesso.

Quando estudamos um assunto com indiferença, sem nenhum envolvimento emocional, ele tende a ser esquecido rapidamente. Desse modo, se dissemos "não gosto de matemática" ou "estudar português é muito chato", o significado para o nosso cérebro é o de que não se trata algo relevante a ponto de ser registrado de forma permanente na memória. Com esta atitude, mesmo que estudemos estas duas disciplinas à exaustão, dificilmente conseguiremos ter um bom desempenho nelas. Portanto antes de iniciar a preparação, precisamos resolver nossos conflitos e traumas em relação ao que vamos estudar. Caso contrário, o tempo necessário à aprovação aumenta bastante.

Quem estuda porque gosta normalmente consegue passar bem antes do que quem não gosta de estudar.

Se escolhermos um concurso ligado à nossa vocação, a tarefa de estudar será bastante facilitada. Mas se isso não for possível, deveremos buscar outras formas de estímulo.

Você pode se motivar, por exemplo, pensando no carro que vai comprar. Imagine o cheirinho de carro novo. Em que bairro vai comprar seu novo apartamento? De frente para o mar está bom pra você? Que países pretende conhecer (frança, Itália, Grécia ou China)? Com o novo salário poderá quitar todas as suas dívidas. Aquela garota que não te dá bola vai achar você um gato depois que você passar. Sua ex-namorada, aquela que te abandonou quando você começou a estudar, vai querer voltar rapidinho.

Outra técnica importante de estudo é a repetição, de preferência com intervalos regulares. Você se lembra do cursinho de inglês? "Repeat, class!" Pois é, esse exercício de repetir até a exaustão acaba vencendo nosso cérebro pelo cansaço. De tanto ver agente repetir, ele conclui que o assunto deve ser importante. Faz mais de 20 anos que estudei Inglês em cursinho, mas até hoje me lembro de alguns diálogos que éramos obrigados a decorar e a repetir na turma. Num deles, o personagem principal dizia: "Look at my belly. I´m not in a good shape". Acho que nunca mais vou esquecer isto, até porque a cada ano que passa me sinto mais fisicamente inserido no contexto deste diálogo.

No próximo post falaremos sobre "Perfil do candidato a ser selecionado".

Fonte: Manual dos Concurseiros. Ricardo J. Ferreira - Editora Ferreira.

terça-feira, 24 de maio de 2011

O caminho mais rápido para ter o governo como patrão

Antes de ser atraído pelo canto da sereia, é preciso que você verifique se tem o perfil necessário à preparação para concurso público. Quem, entre outras coisas, acha que não pode ficar sem o chopinho com os amigos no fim do expediente, sem sair para a balada de quinta a domingo e que estudar é muito chato, não deve nem começar a se preparar, pois vai jogar tempo e dinheiro no lixo.
Então qual é o perfil do concurseiro bem-sucedido?
É preciso ser um gênio?

O concurseiro bem-sucedido é alguém essencialmente, muito determinado. Entre um gênio preguiçoso e uma pessoa normal determinada, é provável que esta vaga fique com esta última.

Bem, se você é determinado e já decidiu que quer fazer concurso público, então vejamos qual é melhor estratégia adotada para a sua aprovação. Agora faremos um resumo para em seguida mostrar os detalhes.

Primeiro, é preciso escolher uma área específica pois as matérias a serem estudadas variam muito de uma área para outra.

Para quem tem o 2º grau, os concursos para tribunais (Tribunal de Justiça -TJ, Tribunal Regional Eleitoral - TRE, Tribunal Regional Federal - TRF etc.) São bem interessantes com salários na faixa de R$ 3.000,00. O número de convocados costuma ser bem superior ao que anunciam nos editais, de forma que, no decorrer do prazo de validade do concurso, são grandes as chances de convocação dos aprovados fora das vagas iniciais.

Quem tem formação em direito tende a dar preferência aos concursos de área jurídica: juiz, promotor, defensor, procurador, delegado, cujas as remunerações podem alcançar os R$ 20.000,00. Se o interesado não possui formação jurídica, a melhor opção são os concursos para auditor-fiscal (da Receita Federal, Trabalho, Estado-ICMS, Município-ISS), com salário na faixa de R$ 10.000,00. Há também os cargos de analista e técnico de 3º grau: Banco Central, Petrobras, Bndes, Ibama, Ministério da Fazenda, cujas as remunerações variam entre R$ 5.000,00 e R$ 10.000,00. Os concursos das agências reguladoras também são excelentes em termos de remuneração e condições de trabalho.

Para conseguir êxito mais depressa, o ideal é que você não fique pulando de galho em galho, fazendo tudo que é concurso que aparece nas mais diversas áreas, mesmo que esteja desempregado e morando de favor na casa da sogra (que faz questão de olhar nos seus olhos e dizer, todos os dias: "Não foi isso que eu sonhei para minha filha"), evite fazer concurso sem uma estratégia bem definida. Porém, em hipóteses assim, desesperadoras, comece pelos concursos menos visados. Se possível, tente obter aprovação para um lugar que permita conciliar o trabalho com os estudos para outro concurso.

Aliás, quem precisa com urgência arrumar uma vaga no setor público deve observar as seguintes regras:

1) Quanto mais regional o concurso, menor a concorrência.

2) Concursos de nível médio são, em geral mais fáceis do que de nível superior e oferecem um maior número de vagas.

3) Concursos com remuneração muito elevada, normalmente atraem candidatos de altíssimo nível.

Uma vez identificada a área, é hora de escolher as matérias a serem estudadas. Nos concursos de nível médio, as disciplinas mais importantes tendem a ser: Língua Portuguesa, Direito Constitucional, Direito Administrativo e Informática. Não cometa o erro de começar seus estudos por matéria específica (regimento, código, regulamento) de um determinado concurso, salvo se a altorização já tiver sido publicada. Caso você tenha de mudar seus planos, ou se o concurso esperado não sair, o que você estudou terá sido tempo perdido. Por outro lado estas matérias específicas geralmente são cobradas de forma estritamente literal. Nada que não se possa estudar após o edital, desde que as matérias básicas já estejam dominadas.

Em se tratando da área fiscal, a espinha dorsal dos concursos costuma ser: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Tributário, Contabilidade, Português e Informática, com destaque para as cinco primeiras.

Se você for fazer curso preparatório, escolha-o com muito critério, pessa informações a pessoas aprovadas ou aos que estudam a mais tempo. No entanto, saiba que existe um curso apropriado para cada tipo de aluno, de acordo com o estágio em que se encontra. Não ajuda muito, por exemplo, começar por um curso que dá prioridade aos candidatos mais experientes e já aptos à aprovação. Mal comparando, é como você fosse para uma auto-escola e recebesse uma Ferrari para treinar.

A melhor escolha costuma ser aquela que leva em consideração o nível de experiência dos professores que lecionam no curso, mas veja também se a empresa tem tradição e instalações adequadas.

Comece por uma turma com as matérias básicas da área de seu interesse. Caso ainda sinta mais dificuldade em alguma disciplina, faça um módulo dela. Em seguida frequente turmas de exercícios e simulados.

Quando surgirem boatos sobre concurso de seu interesse, procure acompanhar o andamento do processo de autorização correspondente. Se o concurso for federal, você pode acompanhar o andamento do processo na página do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (
http://www.planejamento.gov.br/). Há casos em que as notícias sobre determinado concurso não tem o menor fundamento, o que pode gerar grande frustação.

Com o advento da internet, estamos assistindo a democratização e barateamento dos estudos para concursos. Informações que antes eram restritas aos grandes centros agora estão disponíveis para todos na grande rede. Existem centenas de sites especializados em concursos, e o que é melhor, com conteúdo gratuito. Portanto, não ter grana deixou de ser desculpa para você não estudar.

No próximo post falaramos sobre "motivação para os estudos".


Fonte:
Manual dos concurseiros. Ricardo J. Ferreira - Editora Ferreira